Ho Ho Ho

Olá Pessoal !!
Adoro essa época do ano … Porque inevitavelmente eu sempre me lembro da minha pessoa favorita no mundo: minha avozinha Tetei .. que já não está mais por aqui conosco ..
E com essas lembranças fica o meu conselho para o natal: Estejam com pessoas que vc ame!
Afinal, família é isso né? O importante não é o sangue … e sim o coração!

E por falar em coração, este sábado fui com meu marido Pedro e minha amiga Priscila visitar o Abrigo Evangélico de Pedra de Guaratiba. Um lugar fantástico, onde cuidam de cerca de 30 crianças de 0 a 4 anos.

Nunca tinha ido em um abrigo, e amei a experiência. Confesso que eu tinha aquela ideia meio "disney" sobre orfanatos, de um lugar pequeno e pobre e mil crianças sofrendo horrores. Eis que me deparo com o contrário: um lugar lindo, uma espécie de sítio, super acolhedor e aconchegante, onde todas as crianças são super bem tratadas e felizes.

Todos estão lá esperando uma família, seja a sua de sangue ou uma adotiva.

Esta menininha linda se chama Thuane, e me apaixonei por ela a primeira vista. Fiquei horas com ela no colo, como uma bonequinha. Não sei qual a história dela, mas sei que ela tem uma avó que está requerendo a sua guarda.
Só para esclarecer, nós não poderíamos adotá-la, pois ainda não somos habilitados, e temos que respeitar a fila, afinal assim como nós, existem muitos casais querendo um filho há muito mais tempo.

Desejo à Tutu, que neste natal o papai noel lhe dê a sua família, que ela tanto merece. Se ela for adotada, que seja por uma família que a ame muito e cuide dela com todo amor que ela merece. E se for para ser criada pela avó .. que essa avozinha seja para ela como a minha vovó Tetei sempre será para mim.

E fora isso, continuamos na "filinha de espera"pelo nosso óvulo. Mas bem que nós podíamos ganhar um de natal né? hehehe

Beijos e um Feliz Natal cheio de paz e esperança para as nossas crianças

Meus amores

Hoje eu estou um pouco chateada.
Chateada com algumas atitudes de pessoas aleatórias.
A impressão que eu tenho, as vezes, é que as pessoas fazem força para serem infelizes. Criam problemas onde não tem, armam situações que só acontecem dentro da sua mente perturbada, com mania de perseguição.
Enfim. E no meio disso tudo esquecem de serem felizes.

Por isso eu AMO as minhas filhas.
Sim. São minhas filhas. Só quem tem cachorro sabe como é. E quem não gosta vai ler outra coisa! (revoltada hoje rs)
Elas me dão amor e carinho incondicional, independente do meu humor, do dia, da hora, do tempo …
São inocentes, são sinceras. A maior felicidade do mundo para elas é um pedaço de maçã, e não uma bolsa de 5 mil reais.

Estou com o coração apertado, pq minha Bombom (a marrom) vai ter que fazer uma cirurgia no joelho na semana que vem. Assim que estiver tudo bem eu dou notícias.

Por enquanto é só.
Beijos meus e lambidas da Bombom e da Paçoca
:)

Quadrilha !

Hoje vi um programa super legal: "Mulheres que perfumam", que conta histórias de mulheres que fazem alguma coisa legal relacionada a arte para mudar o mundo, ou apenas o "seu mundo", o importante é mudar.

Uma dessas meninas sai pelas ruas recitando poesias para as pessoas. Isso mesmo. Igual uma doida. Amei a atitude dela. Lembrei das minhas aulas de Literatura no IEA quando criança, da professora Márcia fazendo a gente decorar e recitar poesias na frente da sala. E aí me veio uma ideia … Baseado no poema "Quadrilha", de Carlos Drumond de Andrade, vou apresentar minha família, já que até eu já to confusa com os personagens desse blog .. hehehe

Vamos lá então..

Adonias amava Sônia, que amava Paulo, que amava a vida.
Sônia casou-se com Paulo, tiveram Tahyná e separaram-se.
Paulo continuou na mesma. Sônia mudou-se para a cidade dos pais.
Adonias voltou para a história e casou-se com Sônia.
Tahyná ganhou uma irmãzinha, e as duas ganharam um irmãozinho.
O céu ganhou um anjinho. Tahyná ganhou um segundo pai.
E toda família compartilha o mesmo anjo da guarda: Lucas

As irmãs cresceram.
Tahyná foi morar com Paulo. As irmãs se separaram, mas só fisicamente.
Anaí se apaixonou, e Rafael entrou na história.
Tahyná amava Pedro, que amava Julia, que amava outro.
O tempo passa.
Pedro agora ama Tahyná, que ainda amava Pedro.
Anaí e Rafael se casam, com Luísa já na barriga.
Pedro e Tahyná se casam, e agora somos duas famílias unidas.

E de agora em diante, nós escrevemos nossa história.
E quem sabe o que vai acontecer?
Somos só vontade de viver e fazer dar certo!

:)

Rumo a SP

Olá pessoal.
Sei que meu blog anda mei parado .. mas acho que nesta etapa não tenho muito o que ficar escrevendo.
Acho que vou encher essas páginas quando nosso baby estiver a caminho. Mas como ainda estamos na "filinha de espera", vamos aos devaneios heheh

Segunda-feira (04/11/2013) fomos todos para SP para uma conversa com a psicóloga da clínica.
Deu trabalho reunir todo mundo mas foi SUPER legal. Uma conversa séria, madura, onde todos puderam tirar suas dúvidas, expor suas angústias, medos, etc.

Para os que estão pensando em passar por isso, aí vai uma breve explicação: Quando optamos pela barriga solidária, estes encontros entre os pais biológicos e os pais solidários são extremamente necessários, e de acordo com a Ana Rosa, psicóloga da FertiVitro, precisamos sim estreitar a relação e conversar muito! Apenas lembrando, a barriga solidária participa apenas da gestação do bebê. Os gametas devem ser dos pais biológicos ou de um doador totalmente anônimo. Além disso, pode ser feita apenas por parentes até segundo grau. Exceções existem sim, mas precisam sempre de uma autorização do conselho regional de medicina. Todos sabemos que com vidas não se brinca, por isso estamos fazendo tudo da maneira mais correta possível.

Bem, depois do dia cheio que tivemos, viemos para o Rio, onde minha família ficou a semana toda de férias, descançando. Segue uma fotinho das minhas queridas irmã e sobrinha !!

E com isso, vou ficando por aqui.

Por hoje é só :)

There are other options ...

Gente ..
Hoje vou recebi uma mensagem linda de uma amiga gringa que tinha acabado de saber sobre tudo que aconteceu na nossa vida.
E ela disse isso: Se não der certo existem outras opções.
Mas ... Por que OUTRAS opções??

Ser mãe, para mim, é UMA opção.
Não importa se será pela barriga da minha irmã, se será por adoção, enfim ...
Me dei conta de que TODAS as pessoas consideram a adoção como uma segunda opção, ou seja, se nada der certo nós adotamos.

NÃO!!

Adoção não é a última opção. Adoção é um gesto de amor. É uma opção de vida que escolhemos.
Com certeza adoção é uma opção para nós. Mas adotaremos no nosso tempo, ja que infelizmente existe tanta burocracia no nosso país. E se ou quando adotarmos, não será por que nada deu certo, e sim por queremos ser pais.

Tenho muitos casos de adoção na minha família e todos deram super certo, portanto não tenho preconceitos. Minha vontade de ser mãe é tão grande que quando penso nas características físicas de um bebê, isso se torna tão pequeno ...
Enfim ...

Estou fazendo esta postagem somente para dizer que se ou quando nós adotarmos um bebê, não será uma ultima opção na nossa vida, e sim um momento em nós decimos ser pais, independente dos vínculos genéticos.

Amor.
Vamos refletir mais sobre o que significa esssa palavra?

Apresentando ...

Olá pessoal !!
Ainda não divulguei meu blog .. acho que ainda não é hora .. Então por enquanto vou escrevendo como se fosse um diário,

Bem .. ja contei sobre a minha irmã .. Mas queria apresenta-la formalmente rs.
Esta foto foi tirada no meu casamento (21/07/2012), e de todas as nossas fotos juntas essa é a minha favorita.
O bebezinho mamando é a minha sobrinha Luísa, que hoje está com 2 ano e 3 meses.

Que? quando? como? por que?

Eu sei ... Esse tipo de assunto gera muitas perguntas mesmo .. rs
Mas a questão é que uma vez que descobrimos a infertilidade devemos aceitá-la, sem questionamentos. Entendendo que este problema não é seu e sim de vocês. Não existe pessoa infertil. Existe casal infertil, já que ninguém faz filho sozinho. E a partir daí tentar encontrar soluções alternativas para o que seria natural. Existem muitas soluções.

O que aconteceu comigo foi o seguinte:
Ano passado, em um preventivo, minhas taxas hormonais estavam MUITO fora do normal, e meu médico achou melhor estudar melhor. Fiz novos exames, tratamentos, mas nada adiantou. Isto estava me afetando fisicamente .. mal humor, cansaço, desânimo, depressão, baixa auto estima. Enfim.
Depois de muito se estudar, decidimos fazer uma cirurgia para a retirada dos meus ovários, já que este tipo de quadro poderia evoluir muito rapidamente para uma"doença ruim". Depois de retirados, fizemos uma biopsia e lá estava a doença ruim! 
Graças a Deus, ao meu médico e à minha psicose com doenças não precisei de nenhum tratamento. Estou livre e curada há 8 meses. E assim permanecerei !!
Bem, mas aí é que entra a minha solução alternativa.. Já que queremos ser pais brevemente.

Acredito muito em destino e que as coisas acontecem exatamente quando tem que acontecer.
Tenho uma irmã mais nova. Somos muito amigas e unidas. Ela é linda, zootecnista, casada, feliz e tem uma filha de 2 anos que é a minha paixão. E é na mesma barriga onde a Luísa (minha sobrinha) foi gerada que serão colocados os nossos embriões. Isso mesmo .. Minha irmã vai engravidar para nós.

Esta  foi uma decisão que tomamos em conjunto .. Meu marido Pedro, minha irmã Anaí, meu cunhado Rafael e eu. Afinal essas duas famílias sairão bastante da sua zona de conforto nos próximos meses.
E por incrível que pareça, até agora TODAS as pessoas para quem contamos nos apoiaram e se emocionaram com a história. 

Bem, os detalhes eu conto nos próximos posts.

Beijos

:)

Vamos falar sobre tabus?

Não sei se é muito cedo ou muito tarde, mas o fato é que quando estamos passando por certas coisas na vida, ajuda muito se falarmos sobre isso.
Só que, e se esse assunto for "proibido"?
Bem, aí temos duas escolhas: falar mesmo assim, ou guardar.
Eu escolhi falar.

Tenho MUITO o que contar aqui, então chega de bla bla bla e vamos ao que interessa:
Descobri a pouco tempo que sou infértil, ou seja, não posso engravidar. 
Acontece que quando se conta isso para alguém, as reações são as mais diversas, e confesso que acho até divertido. Tem gente que me olha com cara de enterro, outros que falam apenas um "nossa, que coisa"e outros que simplesmente tratam com naturalidade. O fato é que, quanto mais eu falo sobre isso, mais o assunto se torna natural para mim mesma. E o meu objetivo é exatamente este: quebrar o tabu da infertilidade.

Decidi fazer este blog quando uma amiga do meu trabalho me disse que existem várias mulheres passando por isso na empresa onde trabalhamos, e não contam para ninguém. 
É isso. 
Descobri que o fato de encontrar alguém com o mesmo problema que o seu faz com que ele se torne mais "leve", afinal, agora são duas pessoas dividindo o peso.

É por isso que estou aqui. Para dividir o peso. Para dar a mão. Para que quem estiver lendo não se sinta só, afinal esta é uma jornada de milhões de mulheres, e no final, todas vencemos de alguma forma!

Beijos